Sejam Bem Vindos!!

Ola, este é meu blog onde posto diariamente alguns dos meus trabalhos, no final da pagina você econtra um resumo de todos os trabalhos postados, contato e tudo mais!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ZÉ GALLO

SQUADRA AZURRA

CAFÉ COM BOBAGEM



ARGHYY!!!



TORCIDA : BAHIA


Esse foi um sarrinho só...ate pra torcer eles sao sussegados!!


O CRIME DO MALA

Sem duvida este foi meu primeiro trabalho voltado as esquetes de humor
na época eu bolei desenhos parodiando os programas de TV que
traziam casos da justiça para que o publico participasse!


O MASKARA



RODEIO BRASILEIRO



TOE JAN & EARL

Quem nunca jogou este jogo no antigaço MEGADRIVE....eu ria demais!!!

O DUELO

KEARLY & JACK

Essa foi uma das minhas ideias pra se crirar um personagem
num colo muito não mais fico nos meus arquivos!!!

FIEVEL

um dos primeiros filmes de animaçãoq ue ei vi foi
este simpatico ratinho aventureiro

CID PAULERA

na boa...esse cara existiu de verdade!!!

BAD BOY

FOLGA DO NATAL

Quando eu era criança eu imaginava, o que sera que o Papai Noel
faz o ano todo antes do mes do Natal???


BAD COMPANY

Bad Company, esse nome não me saiu da cabeça na época
rabisquei e saiu esta figura estranha ai!!

MODA FASHION


Mais uma gozação de infancia, certa vez baseado nos desfiles chatos de moda
fiz o meu proprio...este é um dos modelitos da minha coleção Brega Fashion

terça-feira, 27 de setembro de 2011

MAKINA

Mais uma estampa de camiseta, este trabalho foi meio que de surpresa
madrugada, sem nada pra faze, pega um lapis e vamo ve o que que sai...


GUGA



NEW JERSEY

Uma estampa simples de camiseta, era para uma comitiva de rodeio
deve ser isso o nome, segundo informações sairam 320 camisetas


AQUARIO

Este ja foi um trabalho mais serio, fez parte das ilustrações da
seção de Horoscopo de um jornal da região

FAMILIA SIMPSONS

Por algumas vezes fiquei sem ideia para rabiscar e acabava fazendo um pequeno
exercicio, copiando personagens que eu curtia na TV, esse trabalho tambem dos anos 90


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

12 DE JUNHO!!


Para começar meu desfile esta ai algo que bolei la atras, por volta de 1996
mais ou menos, isso foi na verdade uma gozação com um amigo!

O desenho feito e colorido a mão com giz de cera

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CARTOON!!!!

Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter extremamente crítico retratando de uma forma bastante sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.
O termo é de origem britânica, e foi pela primeira vez utilizado neste contexto na década de 1840, quando a revista Punch publicou uma série de charges que parodiavam estudos para os frescos do Palácio de Westminster, adaptados para satirizar acontecimentos da política contemporânea. O significado original da palavra cartoon é mesmo "estudo", ou "esboço", e é muito utilizada nas artes plásticas.
Este tipo de desenho é ainda considerado uma forma de comédia e mantém o seu espaço na imprensa escrita atual.
Na imprensa escrita moderna, o cartoon aparece como uma obra de arte, geralmente com intenção de humor. Esse costume data de 1843, quando a Revista Punch utilizou o termo em desenhos satíricos em suas páginas, para designar quadros de John Leech.

O QUE É UMA CHARGE ?

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Muito utilizadas em críticas políticas no Brasil. Apesar de ser confundido com cartoon (ou cartum), que é uma palavra de origem inglesa, é considerado como algo totalmente diferente, pois ao contrário da charge, que sempre é uma crítica contundente, o cartoon retrata situações mais corriqueiras do dia-a-dia da sociedade. Mais do que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social onde o artista expressa graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas através do humor e da sátira. Para entender uma charge, não é preciso ser necessariamente uma pessoa culta, basta estar por dentro do que acontece ao seu redor. A charge tem um alcance maior do que um editorial, por exemplo, por isso a charge, como desenho crítico, é temida pelos poderosos. Não é à toa que quando se estabelece censura em algum país, a charge é o primeiro alvo dos censores.
O termo charge vem do francês charger que significa carga, exagero ou, até mesmo ataque violento (carga de cavalaria). Isto significa aqui uma representação pictográfica de caráter, como diz no primeiro parágrafo, burlesco e de caricaturas. É um cartum que satiriza um certo fato, como idéia, acontecimento, situação ou pessoa, envolvendo principalmente casos de caráter político que seja de conhecimento do público.
As charges foram criadas no princípio do século XIX (dezenove), por pessoas opostas a governos ou críticos políticos que queriam se expressar de forma jamais apresentada, inusitada. Foram reprimidos por governos (principalmente impérios), porém ganharam grande popularidade com a população, fato que acarretou sua existência até os tempos de hoje.

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE VI

Anos 1990

Na década de 1990, a História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso com a realização da 1ª e 2ª Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro em 1991 e 1993, e a 3ª em 1997 em Belo Horizonte. Estes eventos, realizado em grande número dos centros culturais da cidade, em cada versão contou com público de algumas dezenas de milhares de pessoas, com a presença de inúmeros quadrinistas internacionais e praticamente todos os grandes nomes nacionais, exposições cenografadas, debates, filmes, cursos, RPG e todos os tipos de atividades.
Em 1995, a Editora Abril Jovem, sob a direção editorial de Elizabeth Del Fiore, assina contrato com os ilustradores Jóta e Sany, autores do gibi Turma do Barulho, cujo universo, diagramação e o design das personagens, inovavam em relação aos outros personagens da época. Através de uma linguagem irreverente, Toby, Babi, Milu, Kid Bestão, Bobi, entre outros, viviam aventuras dentro de um ambiente escolar longe de ser politicamente correto, onde os roteiros eram desenvolvidos a partir da idéia O humor pelo humor.O gibi Turma do Barulho foi um dos lançamentos que mais permaneceu no mercado naquele período, sendo publicado pela Abril Jovem e logo em seguida pela Press Editora.
Apesar do sucesso,não se sabe até hoje por que os autores pararam de publicar, retornando para as atividades como autores e ilustradores de livros infantis.
Nessa época também apareceu uma nova geração de quadrinistas que foram contratados para trabalhar com as grandes editoras americanas de super-heróis, Marvel e DC Comics: Mike Deodato e Luke Ross, dentre outros.
Apesar de continuar o lançamento de diversas revistas voltadas estritamente para a HQ nacional, como "Bundas" (já extinta), "Outra Coisa" (com informações sobre arte independente) e "Caô", pode-se considerar que o gênero ainda não conseguiu se firmar no Brasil.
Graças ao sucesso de Os Cavaleiros do Zodiaco e outros animes na TV aberta começam a surgir novas revistas inspiradas na estética mangás como adaptações dos oficias video games da Capcom Street Fighter escrita por Marcelo Cassaro, Alexandre Nagado e Rodrigo de Góes, pela Editora Escala, Megaman e Hypercomix pela Editora Magnum (editora que publicava revista com sobre armas de fogo), que teve a participação de artistas como Daniel HDR, Eduardo Francisco e Érica Awano (onde os dois último fizeram sua estreia no mercado editorial),.
Entre 1997 e 1998 Marcelo Cassaro consegue licença para lançar adaptações de Street Fighter Zero 3, Mortal Kombat 4 e lança suas HQs autorais Holy Avenger, U.F.O. Team.

Século XXI

No fim da década de 1990 e começo do século XXI, surgiram na internet diversas histórias em quadrinhos brasileiras, ganhando destaque a webcomics dos Combo Rangers, criados por Fábio Yabu e que tiveram três fases na internet (Combo Rangers, Combo Rangers Zero e Combo Rangers Revolution, que ficou incompleta), uma minissérie impressa e vendida nas bancas (Combo Rangers Revolution, Editora JBC, 2000, 3 edições) e que ganhou, posteriormente, uma revista mensal pela mesma JBC (12 edições, agosto de 2001 a julho de 2002) e continuada pela Panini Comics (10 edições, janeiro de 2003 a fevereiro de 2004) e os Amigos da Net, criado por Lipe Diaz e Gabriela Santos Mendes, premiados pela Expocom e veiculados pelos portais Ibest e Globo.com.
Editoras como Escala lançaram antologias de mangá inspirado em revistas japonesas,[63] publicando material inédito e de veteranos como Claudio Seto, Mozart Couto[64] e Watson Portela[65][66]
Em 2000, Marcelo Cassaro publicou pela Trama a revista Victory, que chegou a ter capa desenhada por Roger Cruz. Em 2003 chegou a ser publicada nos EUA pela Image Comics.
Em 2001, a Editora Abril fecha seu Estúdio Disney e deixa de produzir histórias no Brasil e passa publicar quadrinhos inéditos dos EUA e da Itália e reedições de histórias de produzidas no país
Em 2002, o personagem infantil Pequeno Ninja é publicado pela Editora Cristal em estilo mangá. Em 2007, o personagem voltou a estilo infantil agora publicado pela On Line Editora.
Em 2003, a Coleção Cabeça Oca, do goiano Christie Queiroz foi lançada (já são 8 volumes publicados).
Em Dezembro de 2003, a Noblet lança a revista de terror Arrepio: quadrinhos aterrorizantes de Paulo Hamasaki.
Hamasaki foi o primeiro diretor de arte dos Estúdios Mauricio de Sousa.
Entre 2003 e 2005, Marcelo Cassaro lança pela Mythos Dungeon Crawler, desenhada por Daniel HDR[75] e republicações de Holy Avenger, sob o título de Holy Avenger Reloaded. O fanzine mangá Ethora é publicado oficialmente em 2004 pela Editora Talismã (antiga Trama) como Ethora especial e 2005 pela Kanetsu Press.
Em Abril 2004, o quadrinista catarinense Samicler Gonçalves lança por sua própria editora o super-herói Cometa, a revista do herói possui periodicidade errática.
Em 2004, a Editora CLUQ lança o primeiro álbum da série/saga/nordestina: Cangaceiros - Homens de Couro, do autor Wilson Vieira, com capa de Mozart Couto e desenhos de Eugênio Colonnese[81].
Em 2005, a Editora Noblet lança outra revista do quadrinista Paulo Hamasaki, Cavaleiro do Oeste.
A Noblet era uma das editoras especializada em faroeste nos anos 70 quando foram publicados títulos de Carabina Slim, Giddap Joe, Tex-Tone e histórias de Fidêncio, o Gaucho.Apesar do esforço, a revista só teve uma edição.
A ND Editora resolve investir no gênero super-herói e lança em Abril do mesmo ano os Guerreiros da Tempestade
Em novembro de 2006, a ND Editora anuncia que os Guerreiros da Tempestade ganhariam um filme de animação produzido pela Diler & Associados
A revista teve 12 edições pela ND Editora
Em 2006, a Nomad Editora, faz o lançamento do álbum Western, Gringo - O Escolhido, do autor Wilson Vieira, com capa de Renato Guedes e desenhos de Aloísio de Castro.
Em 2007, a Panini Comics passa a publicar títulos da Turma da Mônica (anteriormente lançados pela Editora Globo).[87]
Em 2008, a Turma da Mônica ganha uma versão adolescente em estilo mangá: Turma da Mônica Jovem pela Panini Comics
No mesmo ano, a Editora Globo resolve se retirar do mercado de quadrinhos, As Organizações Globo publicavam quadrinhos desde de 1937, ano do lançamento de O Globo Juvenil.
Em 2009 é a vez de Luluzinha ganhar uma versão "mangá" com o título Luluzinha Teen pela Pixel Media (selo da Ediouro).
Uma nova revista dos Guerreiros da Tempestade foi lançada na XIV Bienal do Livro do Rio de Janeiro em setembro 2009, Segundo o autor Anísio Serrazul, o projeto do filme animado estaria em processo de captação.
A Editora As Américas traz de volta a Turma do Arrepio
Em março de 2010, a Editora Escala lança a revista Didi & Lili - Geração Mangá com versões mangá do personagem do humorista Renato Aragão e sua filha Lívian Aragão. e a Editora As Américas lança uma nova série de faroeste, Apache de Tony Fernandes (um dos criadores do Pequeno Ninja), outro título de faroeste foi lançado pela editora Independente Ink Blood Comics, trata-se de uma nova revista de Chet, criação dos irmãos Wilde e Watson Portela publicado entre meados da década de 1970 e início da década de 1980.
Ainda em 2010 são lançados dois álbuns de quadrinhos inspirados no cangaço, Bando de dois de Danilo Beyruth lançado pela Zarabatana Books e O Cabra de Flávio Luiz. Enquanto Bando de dois tem uma temática mais realista, O Cabra apresenta um cenário de um futuro alternativo.
A Newpop Editora publica uma edição encadernada do mangá Zucker do Studio Seasons, publicada de forma seriada na revista Neo Tokyo da Editora Escala, foi anunciado pela editora uma versão mangá de Helena do romancista Machado de Assis também produzida pelo Estúdio
Outros títulos em mangá lançados em 2010 pela HQM Editora: Vitral e O Príncipe do Best Seller do Futago Studio
Em 2011, surge "Almanaque Ação Magazine" uma nova tentativa de antologia de mangá pela Lancaster Editorial, trazendo 160 páginas no formato 16 x 23 cm.
Também em 2011, o roteirista JM Trevisan e o desenhista lançam a webcomic "Ledd", tal qual Holy Avenger, a HQ é ambientada no universo ficcional de Tormenta, a revista terá versão encadernada pela Jambô Editora.

A Jambô já havia publicado outra HQ baseada em Tormenta, DBride, publicada originalmente nas páginas da revista Dragon Slayer da Escala.

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE V

Anos 1980

Nessa década se consolidou o trabalho artístico de vários quadrinistas brasileiros, tais como Angeli, Glauco e Laerte, que vieram ajudar a estabelecer os quadrinhos underground no Brasil (aliás, alguns denominam de "overground", porque vendidos em banca; "underground" seriam "O Balão" e outras dos anos setenta, vendidas de mão em mão).
Outros rotularam esta turma como representantes do "pós-underground". Eles desenharam para a Circo Editorial em revistas como Circo e Chiclete com Banana. Os três cartunistas produziram em conjunto as aventuras de Los Três Amigos (sátira western com temáticas brasileiras) e separados renderam personagens como Rê Bordosa, Geraldão, Overman e Piratas do Tietê. Mais tarde juntou-se a "Los Três Amigos" o quadrinista gaúcho Adão Iturrusgarai. Mesmo com o falecimento de Glauco, a Folha de São Paulo publica tiras e cartuns dos quatro e foram lançados álbuns deles por diversas editoras (mas principalmente pela Devir Livraria). Outro quadrinista de sucesso na época e que continuou na década seguinte é Miguel Paiva, criador dos personagens "Radical Chic", "Gatão de Meia Idade" e desenhista das tiras do detetive "Ed Mort", famosos por também terem sido adaptados para televisão, teatro e cinema.A Folha também publica tiras de Caco Galhardo (Pescoçudos) e Fernando Gonsales) (Níquel Náusea). Nesse período, muitas publicações independentes (fanzines) começaram a circular, aproveitando o boom das HQs no país em meados dos anos 1980 causado pelo sucesso da importação da produção internacional do material inovador que dera forma a chamada Era de Bronze dos quadrinhos. Uma dessas publicações de grande sucesso foi o fanzine SAGA, que inovou na época, ao trazer impressão profissional e capas coloridas, coisa totalmente incomum para um fanzine que via de regra eram feitos em copiadoras comuns. Seus membros continuam ativos, como Alexandre Jurkevicius e seu personagem Peralta, A. Librandi atua na área de promoção e Walter Junior continua ilustrando. Nessa época também foram publicadas as aventuras de Leão Negro, de Cynthia e Ofeliano de Almeida, divididas em tiras do jornal O Globo, um álbum publicado no Brasil e em Portugal e revistas e fanzines especializados.

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE IV

ANOS 70
No início dos anos 1970 os quadrinhos infantis no país predominaram, com o início da publicação das revistas de Maurício de Sousa e a montagem pela Editora Abril de um estúdio artístico, dando oportunidade a que vários quadrinistas começassem a atuar profissionalmente, produzindo principalmente histórias do Zé Carioca e de vários personagens Disney,[30] mas também trabalhando com todos os personagens que a editora adquirira os direitos, como os da Hanna-Barbera. Artistas brasileiros continuaram a desenhar histórias de personagens infanto-juvenis estrangeiros, como os contratados pela RGE para darem continuidade à produção de histórias e capas das revistas de sucesso do O Fantasma, Cavaleiro Negro, Flecha Ligeira, Recruta Zero e Mandrake.[31][32] Assim como os artistas da RGE, Gedeone Malagola escreveu roteiros para personagens como os X-Men, Homem Mosca, Tor,He-Man. Pelas suas contas teria escrito 1500 roteiros, a maioria não creditado.
Os motivos da criação dessas histórias são:

1) As revistas em quadrinhos brasileiras costumavam ter mais páginas que um comic book tradicional de 22 páginas[38][39] Isso é uma herança dos suplementos de quadrinhos[40][41] e das antologias publicadas nos Estados Unidos

2) Personagens cujas revistas foram canceladas no exterior fizeram relativo sucesso no país.
A prática de se criarem histórias de artistas brasileiros usando personagens estrangeiros é observada desde O Tico Tico. Buster Brown ou (Chiquinho no Brasil) de Richard Felton Outcault foi o primeiro personagem estrangeiro escrito e desenhado por brasileiros.
Vale mencionar a tentativa da Editora Abril em abrir espaço para personagens e autores brasileiros, com o lançamento da Revista Crás! (1974-1975), que trazia alguns personagens satíricos como o Satanésio (de Ruy Perotti) e o Kaktus Kid (de Canini, conhecido desenhista brasileiro do Zé Carioca).
Nos anos 1970, começou a circular no Brasil a revista MAD em português, que além do material original, trazia trabalhos de artistas nacionais, com destaque para o do editor Ota. O sucesso desse lançamento, também fez surgirem revistas similares, como Pancada (da Abril) e Crazy (da Bloch Editores).
Aproveitando a onda do western spaghetti foram criados Johnny Pecos, Chet, Chacal, Katy Apache dentre outros.

Na linha da crítica política e social apareceu a revista Balão, de autoria de Laerte e Luiz Gê e publicada por alunos da USP mas com curta duração de dez números. Alem da dupla de criadores, a revista revelou vários autores igualmente consagrados nacionalmente até hoje, como os irmãos Paulo e Chico Caruso, Xalberto, Sian e o incrível Guido (ou Gus), entre outros.
Em 1971, as regras do Comics Code se tornaram mais brandas. A Marvel Comics passou a publicar títulos de terror e em meados da década de 1970, a Bloch Editores que na época possuia licença dos Quadrinhos Marvel, resolveu publicar esses títulos no Brasil. Tal como acontecera com os título anteriores de terror, essas revistas também deram espaço para a produção local.
Em 1976 a Editora Grafipar, que inicialmente publicou livros, resolveu entrar no mercado de quadrinhos. Em 1978, Claudio Seto montou um Núcleo de Quadrinhos na editora, que teve nomes como Mozart Couto, Watson Portela, Rodval Matias, Ataíde Braz, Sebastião Seabra, Franco de Rosa, Flávio Colin, Júlio Shimamoto, Gedeone Malagola, entre outros.

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE III

ANOS 60
Em 1960 foi vencida a resistência dos editores e surgiu uma revista em quadrinhos com personagens e temas brasileiros. Foi A Turma do Pererê com texto e ilustrações de Ziraldo (mesmo autor de O Menino Maluquinho). O personagem principal era um saci e não raro suas aventuras tinham um fundo ecológico ou educacional. O cartunista Henfil continuou com a tradição da "tira" com seus personagens contestadores Graúna e Os Fradinhos.
Os quadrinhos de super-heróis tiveram vários personagens brasileiros lançados em revista nessa época: Capitão 7 (mistura de Flash Gordon com Super-Homem), Escorpião (cópia do O Fantasma),[20] Raio Negro de Gedeone Malagola, (baseado no Lanterna Verde da Era de Prata), Targo, (cópia de Tarzan).[20] No estilo policial foi criado o "O Anjo", desenhado por Flávio Colin (citado como o melhor desenhista brasileiro)[21]) que originou o filme O Escorpião Escarlate.[22] No faroeste apareceu a tira do gaúcho Fidêncio, de Júlio Shimamoto[23] e a adaptação de Juvêncio, o justiceiro do sertão pela Editora Prelúdio,[24] além dos quadrinistas de horror, que trabalharam nas revistas da Editora La Selva.[6]
Com o golpe militar houve uma nova onda de moralismo que bateu de frente com os quadrinhos. Em compensação, esse movimento inspirou publicações jornalísticas cheias de charges como O Pasquim que, embora perseguido pela censura, criticavam a ditadura incansavelmente.
A Editora EDREL (Editora de Revistas e Livro) fundada por Minami Keizi em 1967, foi pioneira no estilo mangá no país, isso quando ainda não havia se tornado febre. Ilustradores como o próprio Keizi e Claudio Seto desenhavam nesse estilo. Na época causou estranheza e, por isso, os padrões norte-americanos e/ou europeu continuaram a ser seguidos pela maioria dos artistas nacionais.[25]
Os quadrinhos terror fizeram bastante sucesso no país, entretanto, sua produção nos Estados Unidos foi interrompida por conta do Comics Code Authority,[6] um conjunto de regras e normas que implantaram a censura em quadrinho em meados da década de 1950,[7] a solução adotada pela editoras foi a criação de histórias brasleiras de terror, nesse contexto, autores como o italiano Eugênio Colonnese (criador de Mirza, a mulher vampiro) e o argentino Rodolfo Zalla (criador de Nádia, a filha de Drácula), Julio Shimamoto, Gedeone Malagola, Nico Rosso entre outros foram bastante ativos no gênero.[6]
Zalla e Colonnese fundaram na década de 1960, o Estúdio D-Arte, em 1981 o Estúdio virou uma editora e foi responsável pela públicação das revistas Calafrio e Mestres do Terror.[26]
No final de 1969, a EBAL, por conta do cancelamento da Revista do Mestre Judoca (personagens da Charlton Comics nos EUA), encomenda a Pedro Anísio e Eduardo Baron um novo herói nacional: o artista marcial mascarado Judoka.[27][28][29] Considerado o principal super-herói brasileiro até então (ele apareceu em um filme de 1973 estrelado por Pedro Aguinaga e Elisângela).

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE II

Primeiros quadrinhos - Os quadrinhos no Brasil possuem uma longa história, que remonta ao século XIX. Como charge, circulou o primeiro desenho em 1837, vendida em separado como uma litografia, de autoria de Manuel de Araújo Porto-alegre. Esse autor depois criaria uma revista de humor político em 1844. Angelo Agostini continuou a tradição de introduzir desenhos com temas de sátira política e social nas publicações jornalísticas e populares brasileiras. Entre seus personagens populares desenhados como protagonistas de histórias em quadrinhos propriamente ditas estavam o "Zé Caipora" e Nhô-Quin" (1869). Em 1905 surgiu a revista O Tico Tico, considerada a primeira revista de quadrinhos do Brasil, com trabalhos de artistas nacionais como J. Carlos, primeiro brasileiro a desenhar um personagem Disney (Mickey Mouse).

A partir dos anos 1930, houve uma retomada dos quadrinhos nacionais, com os artistas brasileiros trabalhando sob a influência estrangeira, como a produção de tiras de super-heróis (com a publicação de A Garra Cinzenta em 1937 no suplemento A Gazetinha) e de terror, a partir da década de 1940, com os jornais investindo nos chamados "suplementos juvenis", ideia trazida da imprensa americana (que lançou as sessões de tiras dominicais) por Adolfo Aizen. Em 1939 foi lançada a revista O Gibi, nome que se tornaria sinônimo de revista em quadrinhos no Brasil.
Continuando com a tradição dos cartuns e charges, se destacaria o cartunista Belmonte, criador do Juca Pato. Em 1942 surgiu o Amigo da Onça, célebre personagem que aparecia na revista jornalística O Cruzeiro.
No início dos anos 1950, novos quadrinistas brasileiros que iam aparecendo não conseguiram trabalhar com personagens próprios em função da resistência dos editores. Álvaro de Moya produziu capas de o Pato Donald para a Editora Abril, muitas vezes sem ser creditado. Vários artista brasileiros e estrangeiros passaram a receber os devidos créditos após a criação do site Inducks. Há ainda o desenho de Gutemberg Monteiro, que foi trabalhar no mercado americano, ilustrando com muito sucesso os quadrinhos de Tom & Jerry.
Em 1952, a Editora Abril adotou o formatinho, dimensões menores do que as revistas estrangeiras e que gradualmente se tornou o formato padrão em publicações brasileiras de histórias em quadrinhos.
A EBAL de Adolfo Aizen, empenhada em demonstrar o potencial educacional dos quadrinhos (que nessa época estavam sob críticas moralistas, principalmente nos Estados Unidos), contratou alguns artistas para desenharem matéria cultural como adaptações de obras literárias e episódios da história do Brasil na revista Edição Maravilhosa. No gênero do faroeste/cangaço apareceu Milton Ribeiro, O Cangaceiro (inspirado no ator do filme O Cangaceiro) de Gedeone Malagola e a revista do Jerônimo, o Herói do Sertão, publicada pela RGE em 1957, desenhada por Edmundo Rodrigues e que foi baseada em uma novela de rádio.
Nos anos 1950, surgiram também os primeiros trabalhos independentes de Carlos Zéfiro, autor dos catecismos (quadrinhos eróticos).
Foi no formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, no fim de 1959. O cãozinho Bidu foi o primeiro personagem da Turma que, além das tiras de jornal, teve uma revista publicada pela Editora Continental.A Turma da Mônica começou a ser publicada pela Editora Abril em 1970, depois em (1987) pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini. Recentemente foi lançado Turma da Mônica Jovem - versão adolescente da Turma em estilo mangá.

HISTORIA EM QUADRINHOS NO BRASIL - PARTE I

As histórias em quadrinhos começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. Mas, apesar do país contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editoral dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses. Atualmente, o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).
A única vertente dos quadrinhos da qual se pode dizer que desenvolveu-se um conjunto de características profundamente nacional é a tira. Apesar de não ser originária do Brasil, no país ela desenvolveu características diferenciadas. Sob a influência da rebeldia contra a ditadura durante os anos 1960 e mais tarde de grandes nomes dos quadrinhos underground nos 80 (muitos dos quais ainda em atividade), a tira brasileira ganhou uma personalidade muito mais "ácida" e menos comportada do que a americana.

A HISTORIA DAS HISTORIAS EM QUADRINHOS - III

Devido ao sucesso outros quadrinhistas como Steve Ditko, Don Heck, Gene
Colan, John Buscema e John Romita, desenvolveria a infinidade de heróis da Marvel que
estão em destaque até os dias de hoje (2006). Dentre os mais conhecidos estão Homemaranha,
Hulk, Thor, Homem de ferro, X-men, entre outros.
A década de 70 surgem os Quadrinhos underground sendo vendidos em head
shops e de mão em mão. Crumb, os Freak Brothers de Gilbert Shelton , S. Clay Wilson,
Victor Moscoso, Bill Griffin estão entre os mais conhecidos. Do outro lado do oceano,
alguns desenhistas franceses -- Moebius, Phillipe Druillet, Jean Pierre Dionnet, e Bernard
Farkas --, reunidos sob a efígie Les humanöides associées, criam em 1974 uma revista
histórica, Métal Hurlant, que chega aos EUA em 1977 como Heavy Metal. Fantasia,
ficção científica, viagens psicodélicas, rock'n'roll, corpos nus, novas diagramações e
literatura são parte do confuso mix que fez o sucesso da revista. Da Itália vem grandes
quadrinhos, como Ken Parker, de Berardi e Milazzo, Corto Maltese, de Hugo Pratt, e O
Clic, de Milo Manara.
Nos anos 80, os americanos criaram a “graphic novel” (ou romance gráfico)
direcionado para o público adulto. O grande destaque e carro chefe dessa nova linha foi à
história de um Batman sombrio, amargurado e violento, o cavaleiro das trevas de Frank
Miller decretava a maioridade no mundo dos super-heróis.
Violência, insanidade, sensualidade e dúvidas existênciais passaram a habitar os
quadrinhos, vindo dentre estas obras Elektra Assassina de Frank Miller, Watchmen de
David Gibbons e Alan Moore, Sandman de Neil Gaiman entre outros.
A partir da década de 90, os grandes desenhistas das historias em quadrinhos da
atualidade saíram das duas maiores editoras de quadrinhos – a Marvel Comics e a DC
Comics – e fundaram a Image Comics (os heróis eram Savage Dragon de Erik Larsen,
WildC.A.T.S. e Gen 13 de Jim Lee, Spawn de Todd McFarlane, Cyberforce, Strykeforce, e
The Darkness de Marc Silvestri). Este momento trouxe dois marcos para as histórias em
quadrinhos americanas, a primeira era a colorização computadorizada e a influência dos
Mangás (quadrinhos japoneses) na caracterização dos personagens. Os desenhistas
americanos começaram a sofrer influência dos Mangás em seu traço.

Porém, após o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 as duas torres gêmeas
dos EUA afetou o mercado de quadrinhos americano que decidiram fazer um resgate ao
estilo da arte dos pioneiros dos quadrinhos da Era de Prata e da década de 80. Dentre os
artistas estavam Jack Kirby, John Romita, Steve Dikto, Sal Buscema, John Byrne e George
Perez. Não só a arte dos quadrinhos, mas também os roteiristas e editores decidiram fazer
esse resgate também das origens dos personagens.
É fato que nos EUA bem como em outros países devido ao avanço tecnológico do
cinema serviu para realizar adaptações desses super-heróis, como exemplo, pode-se citar
Constatine das histórias de quadrinhos de Hellblazer, Hellboy de Mike Mignola, e Homemaranha,
Hulk, Superman, Batman, Demolidor, Elektra, Liga Extraordinária, Do Inferno, V
de Vingança, Estrada para Perdição, Quarteto Fantástico, Spawn, X-men que se firmam,
expandem e propagam ainda mais esse meio de comunicação de massa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ADORNO, Theodor W. A indústria Cultural. In: COHN, Gabriel (Org.). Comunicação e
Industria Cultural. São Paulo: Nacional, 1978.

MCCLOUD, Scott. Desvendando os quadrinhos. Tradução de Hélcio de Carvalho e
Maria do Nascimento Paro. São Paulo: Makron Books, 1995.

SALEM, Rodrigo. Resgate – A evolução dos quadrinhos sob a análise do historiador.
Diário de Pernambuco. Recife, Maio de 1995, Caderno Viver p-6

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação, Lisboa: Presença, 1995.

A HISTORIA DAS HISTORIAS EM QUADRINHOS - II

No período de 1940 até 1945 foram criados aproximadamente quatrocentos superheróis,
mas nem todos sobreviveram. O campo evoluiu, expandindo suas fronteiras e
tornando-se parte da cultura de massa. Dois merecem destaque: Batman, criado em 1939
por Bob Kane, uma figura sombria (inspirada na máquina voadora de Da Vinci e no Zorro)
cuja fama ultrapassaria a do Superman nos anos 80, e o Capitão Marvel, de C.C.Beck,
um jovem que ganhava poderes mágicos toda vez que falava a palavra Shazam!, um
acrônimo de nomes de deuses antigos. Vários personagens se alistaram e foram para a II
Guerra Mundial, e os quadrinhos se tornaram armas ideológicas para elevar o moral dos
soldados e do povo.
O maior ícone do período da guerra é o Capitão América, de Jack Kirby e Joe
Simon. Na capa de sua primeira revista ele combatia o próprio Adolf Hitler. Ao contrário
de outros heróis, que acabaram “recrutados” para lutar na Segunda Guerra Mundial, o
Sentinela da Liberdade foi criado especialmente com esse objetivo político.
Desde o início, a única arma que o herói usou foi um escudo. A princípio, quase
triangular, esta peça adquiriu, já na segunda edição, o formato circular famoso até os dias
de hoje. Em momento algum, o Capitão América usou qualquer outra arma. É como se
dissesse, para que todos ouvissem, que a “liberdade” é um valor que tem de ser defendido.
Por outro lado, isso representa também a imagem que os Estados Unidos tinham de sua
participação no conflito mundial, ou seja, aos próprios olhos, a América “apenas” defendiase
de ataques. Em todo o caso, seus companheiros de luta como o jovem Bucky, usava às
vezes uma metralhadora.
Outro fato curioso e que fala mais do imaginário dos norte-americanos do que da
realidade propriamente dita é a escolha do arqui-inimigo do Capitão. A origem de seu
oponente era de que o Caveira Vermelha foi treinado pelo próprio Hitler a fim de pôr em
prática os interesses do 3° Reich. No entanto, os nazistas sempre pregaram a superioridade
ariana como um dos princípios-chave de sua ideologia.
Nos anos 50 os quadrinhos foram alvo da maior caça as bruxas que já aconteceu
por este meio de comunicação de massa. O psiquiatra Frederic Wertham escreveu um
livro, A Sedução do Inocente (The Seduction of the Innocent), onde ele acusava os quadrinhos de corrupção e delinqüência juvenis. Nas 400 páginas de sua obra, o psiquiatra
alemão esmiuçou suas idéias sobre o “verdadeiro intento subversivo” por trás dos
quadrinhos. Dentre as hipóteses do tratado, havia a de que a Mulher Maravilha
representava idéias sadomasoquistas e a da homossexualidade da dupla Batman & Robin.
Entre outros argumentos de Whertham, também estão que os quadrinhos
incitavam a juventude à violência – bem como havia acontecido com o rock'n'roll –
havendo então um Código de Ética, para limitar e regular o que podia (e o que não podia)
aparecer nas páginas limitando assim o alcance e a maneira de enfocar os assuntos, o que
acabou por destruir todos os títulos de terror da EC Comics, exceto um, a revista
humorística: Mad.
Foi quando surgiu numa tira de jornal aparentemente inocente sobre um grupo de
crianças: Peanuts, de Charles M. Schulz. Charlie Brown, o personagem principal, é um
garoto de 6 anos, perdedor nato, simboliza a insegurança, a ingenuidade, a falta de
iniciativa; um eterno esperançoso. Seu cão, Snoopy, é um beagle filosófico em cima de sua
casinha vermelha. Esta tira marcou o começo da era intelectual dos quadrinhos, com uma
maior valorização do texto sobre as imagens.
Ainda na década de 50 o medo passou a estar em toda parte do mundo. Os
soviéticos fizeram a bomba atômica e os americanos atacavam contra tudo que soasse como
ataque velado e subversivo dessa superpotência ao seu “american way of life”. Enquanto,
na vida real, a população procurava comunistas debaixo da cama, nas páginas das histórias
em quadrinhos, os heróis faziam sua parte. Com o fim do conflito mundial e a polarização
de forças entre EUA e URSS, o alvo das investidas não era mais os alemães e japoneses.
Eram tempos em que se confundiam marxistas com comedores de criancinha.
Numa demonstração de que comuna bom é comuna morto, Namor rechaçava
insidiosos golpes de aquáticas foices e martelos, enquanto, de volta por um breve período
no ano de 1954, o Capitão América enchia de socos os anticomunistas.
Na década de 60 começou a Era de Prata dos quadrinhos que consolidaram a
renovação no mundo dos super-heróis iniciada com o novo Flash da DC Comics em
meados da década anterior. Logo após retornaram Superman, Mulher-maravilha, Batman,Aquaman, entre outros. Diante do sucesso da editora rival, em 1961, Martin Goodman, o
diretor da Atlas Comics (antiga Timely Comics), pediu a Jack Kirby e Stan Lee que
bolassem super-heróis capazes de fazer frente à Liga da Justiça da América. Os dois
aproveitaram, então, o conceito de uma criação prévia de Kirby, os Desafiadores do
Desconhecido, e acrescentaram superpoderes às personagens. Surgiu assim o Quarteto
Fantástico da Marvel Comics, empresa herdeira da Atlas.
Stan Lee e Jack Kirby desconsideraram todos os clichês das histórias de superheróis
existentes até então. Essa equipe de heróis não possuíam identidades secretas e eram
uma família ao invés de uma equipe. Sue e Johnny Storm eram irmãos, Reed Richards era o
noivo de Sue e Bem Grimm o amigo da família.
Reed Richards era um cientista que preferia usar seu intelecto a seus poderes
elásticos. O adolescente Johnny era o novo Tocha Humana. Sua irmã, Sue, podia se
tornar invisível e projetar campos de força. E Ben Grimm, era uma rochoso Coisa, era
dotado de enorme força, mas sua aparência aterradora ocultava a amargura de um ser
desfigurado. Então, estavam os heróis simbolizando os quatro elementos da natureza: água,
fogo, ar e terra respectivamente. Por trás de um grupo de amigos que, vitimados por um
"acidente cósmico", ganham superpoderes, havia um forte paralelo com a mais significativa
questão política daquele momento: a Guerra Fria e a paranóia anticomunista.
Em 12 de Abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o
primeiro ser humano a alcançar o espaço. A notícia surpreendeu os Estados Unidos e
acirrou os piores temores de seus habitantes. Era o auge da Guerra Fria. O duro golpe faz
o presidente John Kennedy jurar que os norte-americanos chegariam à Lua antes do fim da
década, derrotando a União Soviética naquela que viria a ser a Corrida Espacial.
O Quarteto Fantástico foi à resposta dos quadrinhos ao apelo do dirigente da
nação. Eles personificavam a nova era espacial, na qual seus heróis estavam dispostos a
arriscar tudo, até mesmo a própria vida, para estar a um passo adiante da ameaça vermelha.
Já na primeira edição de Fantastic Four, Sue Storm não poupa esforços para persuadir o
relutante Ben Grimm a pilotar o foguete desenvolvido por seu amigo Reed Richards. “Ben,
nós temos que tentar! A não ser que você queira que os comunistas cheguem na frente”.