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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A HISTORIA DAS HISTORIAS EM QUADRINHOS - I

As primeiras manifestações das Histórias em Quadrinhos são no começo do
século XX, na busca de novos meios de comunicação e expressão gráfica e visual. Com o
avanço da imprensa, da tecnologia e dos novos meios de impressão possibilitaram o
desenvolvimento desse meio de comunicação de massa.
Entre os precursores estão o suíço Rudolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o
francês Georges ("Christophe") Colomb, e o brasileiro Angelo Agostini. Alguns
consideram como a primeira história em quadrinhos a criação de Richard Fenton Outcalt,
The Yellow Kid em 1896. Outcalt essencialmente sintetizou o que tinha sido feito antes
dele e introduziu um novo elemento: o balão. Este é o local onde se põe as falas das
personagens.
Nas primeiras décadas os quadrinhos eram essencialmente humorísticos, e essa é a
explicação para o nome que elas carregam ainda hoje em inglês, comics (cômicos).
Algumas destas histórias eram Little Nemo (de Winsor McCay), Mutt & Jeff (de Bud
Fisher), Popeye (de E.C. Segar), e Krazy Kat (de Georges Herriman).
Os temas das histórias eram basicamente travessuras de crianças e bichinhos, e
dessa época vem às designações kid strips, animal strips, family strips, boy-dog strips, boyfamily-
dog strips, entre outros.
O crack da Bolsa de Valores em 1929 foi um ponto importante na história da
história em quadrinhos, e nos anos 30 eles cresceram, invadindo o gênero da aventura.
Flash Gordon, de Alex Raymond, Dick Tracy, de Chester Gould e a adaptação de Hal Foster para o Tarzan de E. R. Borroughs são conhecidos como o início da A Era de Ouro
(Golden Age). Nesta década, três gêneros essenciais eram produzidos: a ficção científica, o
policial e as aventuras na selva.
Tarzan de Foster era uma adaptação sem balões e cheia de ação do livro de
Borroughs, e o Dick Tracy de Gould era parcialmente inspirado nos gangsters de Chicago
(onde Gould vivia), Flash Gordon era um produto total da imaginação de Alex Raymond,
que também trazia o Agente Secreto X-9, Jim das Selvas e Nick Holmes. Na década de 30
tambem foi criado o primeiro herói uniformizado, Fantasma, escrito por Lee Falk e
desenhado por Ray Moore. Falk também criou Mandrake, o mágico, que possuía os
desenhos de Phil Davis.
No final da década de 30, surgiu o primeiro super-herói que possuía identidade
secreta, Superman de Siegel and Shuster. Muitos o destacam como o personagem que
marca o início da Era de Ouro.
O Superman foi criado em 1933, mas só chegou às bancas em 1938, depois que a
dupla vendeu seus direitos para a DC Comics para ser publicado na revista Action
Comics 1. Poucos meses depois, teria início a Segunda Guerra Mundial, deflagrada pelas
ações expansionistas de uma Alemanha comandada por Adolf Hitler desde 1933. No
caldeirão ideológico daqueles anos, os quadrinhos logo despertaram interesses políticos. E
o Homem de Aço, como um dos principais representantes desta forma de arte tornou-se
alvo de polêmicas.
Por causa da irmã de Friedrich Nietzche, os nazistas haviam se apropriado
indevidamente de vários conceitos filosóficos deste autor alemão, inclusive o do
übermensch que traduzido acaba, de certa maneira sendo similar ao título de Superman,
sendo assim, preciso o fim do conflito mundial para que se denunciasse a deturpação do
pensamento nietzchiano e se desfizesse o equívoco que pairava sobre o filósofo alemão.
Quando superman surgiu em cena foi logo colhido pela confusão vigente. As
pessoas de esquerda no mundo inteiro, desde o princípio, acusaram-no de ser símbolo do
imperialismo norte-americano e, de quebra, da arrogância fascista. Já os políticos linhadura do Partido Republicano viram nele a personificação do tal superman nazista. Nas
palavras dos assessores de Hitler, o Superman não passava de um judeu.
Em 1939 surgiu o herói aquático Namor, o Príncipe Submarino que despontou
como o inimigo número um de toda a humanidade por ser um híbrido humano-atlante. Ele
teve como oponente o herói cibernético Tocha Humana (um andróide flamejante dotado
de avançada tecnologia que ao contato com o oxigênio, podia inflamar-se).
Namor criado por Bill Everett, além de ser um híbrido era dotado de super-força,
domínio sobre os seres do mundo aquático, possuía o dom de voar e capacidade de respirar
dentro e fora d’água. O Tocha Humana, por sua vez, apareceu pela primeira vez na Marvel
Comics 1, numa história escrita e desenhada por Carl Burgos. Apesar do nome, ele não era
realmente humano, mas um robô confeccionado pelo Prof. Phineas Horton.
A interferência do governo que na época se deparava com a Segunda Guerra
Mundial mostra como os Comics chamaram atenção das autoridades que perceberam o
fascínio e a preocupação de seu poder como comunicação de massa. Ambos os heróis, tanto
Namor quanto o Tocha Humana, fizeram parte do crossover significativo dos quadrinhos,
era uma batalha entre fogo e água que despertaram grande interesse no público. No entanto,
quis o desenrolar dos acontecimentos mundiais que Namor e Tocha chegassem a um
acordo. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a entrada dos Estados Unidos no
conflito, o presidente Franklin Delano Roosevelt (1933-1945) “convocou” todos os
heróis... e super-heróis para o esforço bélico do país.
Com isso, os dois aventureiros passaram a visitar histórias um do outro de tempos
em tempos, agora aliados contra alemães e japoneses. Esta união espelhou um movimento
muito semelhante que ocorria, na cena mundial. Países historicamente antagônicos
juntaram esforços – ainda que a contragosto – contra as potências do Eixo.
Em 1946, quase acompanhando o espírito da criação da Organização das Nações
Unidas, os dois heróis tornam-se membros – juntamente com o Capitão América, Miss
América e Whizzer – do efêmero All Winners Squad (ou como o grupo foi traduzido para
o Brasil como Os Invasores).

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